Entrevista
à Encarregada de Educação pertencente à Associação de pais da EB Bernardim
Ribeiro.
Ana
Flores- mãe de Ana Beatriz Flores- 4º Ano Turma A
Cara
Encarregada de Educação Ana Flores, obrigada pela disponibilidade em participar
na entrevista sobre: “A nova forma de estar na escola perante a pandemia”
Após o confinamento social e as
férias escolares, começavam os preparativos para o regresso à escola.
Que
expectativas teve neste regresso às aulas?
As expetativas foram bastante grandes como iria ser o
regresso às aulas, e como iria a escola funcionar em termos de limpeza, como
iria ser a entrada das crianças, como iriam reagir as auxiliares com as
crianças e as crianças com as auxiliares, todo o ambiente que seria espectável
para todos, onde estariam estar todos de máscara, pelo menos os adultos.
Foi uma altura muito
preocupante. Tivemos uma reunião com a professora, que nos enviou os documentos
essenciais como o Plano de Contingência, explicando como iria funcionar, como é
que os alunos iriam estar divididos, que foi um ponto crucial para
nós pais, para ficarmos um pouco mais descansados ao sabermos que a escola
estava preparada para os receber em segurança.
Qual o maior receio neste
regresso às aulas presenciais?
No caso da Beatriz, usa máscara pois poderá ter uma doença
autoimune, e a preocupação como pais é que ela não apanhasse o bicharoco, o
nosso amigo Covid, e foi muito preocupante derivado a não ser obrigatório na
idade dela o uso da máscara. Ela usa a máscara, conversamos com ela antes de
começar a escola, pedimos a opinião dela, se ela era capaz de usar a máscara,
que nós como pais achávamos que deveria usar. Ela disse que sim, que achava que
tinha de usar e que se sentia mais segura usando a máscara e indo para a escola
que era o que ela queria.
Então, pela opinião de alguns
pais seria mais seguro, mesmo não sendo obrigatório usar máscara, usarem a
máscara enquanto frequentam a escola?
Na minha opinião, acho
que os alunos do 4º ano deveriam ter a obrigatoriedade do uso da máscara, pois
já têm uma certa maturidade, pois se já conseguem fazer pesquisas na internet,
já conseguem ser bloggers ou youtubers, também conseguem usar uma máscara e têm
maturidade suficiente para saberem os perigos que existem e para saberem quando
podem tirar e quando não podem tirar, que não é para brincar com a máscara e
que se trata de um assunto sério. Devem ter a preocupação da sua saúde e com a
saúde dos colegas.
Acha que todos os pais
manifestaram o mesmo receio?
O maior receio era a
transmissão do vírus entre eles, e também o facto de não conseguirem respirar
com a máscara, ou mesmo andarem a trocar de máscara entre eles e acharem o
assunto engraçado, com emprestarem as máscaras pois umas podiam ser mais giras
umas que as outras. São situações que podiam acontecer.
Quais as recomendações que fez à sua
educanda no regresso à escola, perante a situação de pandemia?
Nós já tínhamos essa logística desde que chegávamos a casa
e ela via o que fazíamos. Até temos uma caixa onde metemos o calçado logo à
entrada e vai diretamente para a casa de banho para ser desinfetado. Cada um de
nós vai para a casa de banho e toma banho. Ao ver esta logística, de desinfetar
as mãos e tirar a máscara, que tentamos passar para quando fosse para a escola:
ter de desinfetar as mãos, ter cuidado com a máscara, a cada 4 horas ou quando
sentir que a máscara está húmida tem de a tirar, mas principalmente as mãos
muito bem lavadas.
Acha que os outros pais também
tiveram essa preocupação em ensinar aos seus educandos as diretrizes para uma
prática de higienização?
Acho que não. Os pais com
quem lido no dia a dia pensam que são demasiadas exigências para a idade deles,
acham que é muita informação e que não têm necessidade disso, não precisam de
ter tanta informação e que é um exagero.
Na maioria, os alunos
adaptaram-se bem à nova rotina na escola?
Acho que vai muito da
prática de casa, acho que se virem os pais a fazer, se os pais tiverem isso
tudo muito bem otimizado, as crianças também o irão fazer. Para os miúdos, no
início era tudo uma novidade, tudo muito engraçado, vamos experimentar. Mas
agora estão numa fase em que estão cansados, tal como nós estamos cansados de
usar máscara, estamos cansados desta logística e às vezes acabam por desistir
de usar máscara, estarem mais desleixados, porque estão cansados.
Para crianças até ao 2º ciclo,
não é obrigatório o uso de máscara.
Qual
a opinião dos pais relativamente ao uso da máscara?
O que vejo pela turma é metade com máscara e
metade sem máscara. Uns são de acordo, outros não são de acordo, porque acham
que faz mal e que não têm idade para isso.
Como
conseguiram os pais transmitir aos filhos, que não devia dar abraços e
beijinhos aos amigos?
Foi difícil. Como pais
tivemos tempo, ao longo dos meses que estivemos em casa, de transmitir que
quando voltassem à escola que as coisas já não seriam as mesmas. Os amigos
estão lá, é verdade, não vão ter as mesmas brincadeiras, mas basta um simples
olhar ou um “Olá”, o simples dizer “Gosto de ti”, acho que para eles lhes vale
muito. Foi difícil, mas aqueles meses que estivemos em casa ajudou-os a
prevenirem-se para não deixarem de ser amigos. As brincadeiras teriam de ser
outras , os beijinhos substituídos por cotoveladas, um pezinho a bater um no
outro, com a devida distância.
Existe uma preocupação, por parte
das escolas, em garantir a higienização e a segurança com os alunos,
professores e assistentes operacionais.
Dentro
da comunidade dos pais, também existe essa preocupação?
Ao nível da escola
estamos surpreendidos pela positiva. A escola está muito bem preparada, para os
receber e para continuar a ter os alunos em segurança. A nível de pais nós
estamos descansados, pois a escola demonstra uma boa higienização.
Qual a opinião relativamente às
normas de segurança e à implementação do Plano de contingência nas escolas?
Pela análise do Plano
de Contingência, estava bem demonstrando que tinha sido realizado
atempadamente, estava pensado no bem-estar e segurança das crianças, como os
iriam receber, e principalmente que também precisavam de espaço para brincar.
Foi importante implementarem as “bolhas” , para que as crianças possam estar em
segurança, explicando como podem circular em segurança pela escola.
Quais os procedimentos que
poderiam ser melhorados nas escolas, nesta fase?
A única sugestão que
tínhamos no início do ano era mesmo as divisórias em acrílico para as mesas,
quer em sala de aula quer no refeitório. Mas como, os alunos já cumprem no refeitório
, turnos diferentes… Na altura pensamos que seria uma solução para evitar mais
contágios. Mas analisando a situação, passados estes 3 meses, a escola está a
trabalhar muito bem, com as medidas aplicadas, pelo que dispensaríamos os
separadores.
Agradecemos desde já a sua
colaboração.
Como está diferente, este ano, a nossa escola...
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Saída do pavilhão sul |
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Subida para o 1º Piso, pavilhão sul |
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Saída pavilhão sul |
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Subida 1º andar, pavilhão norte |
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Dispensador de desinfetante |
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Acrílico no gabinete de Coordenação para atendimento |